Josiel Alcolumbre – Jornalista

É grande a mobilização local em favor dos reais interesses da população do Estado do Amapá no que se refere à negativa do Ibama que  negou a licença para que a Petrobras  continuasse as pesquisas nas áreas já identificadas e que confirmam a existência de poços de petróleo e gás a um pouco mais de 150 quilômetros da costa do Amapá.

Todos os indicadores testados e confirmados mostram que se trata de poços economicamente viáveis e ambientalmente seguros, portanto, em nada que justifique o procedimento administrativo dos gestores, tanto do ministério do Meio Ambiente como do Ibama, cerceando a população do Amapá de usufruir dos efeitos positivos que são trazidos por um modo econômico, como a exploração de petróleo e gás.

Estampar potencial e não avançar para que esse potencial sirva de suporte para melhoria da qualidade de vida da população é mesmo que negar o direito que todos, na mesma Nação, de usufruir de suas riquezas naturais.

Já foi assim em toda a costa sul do Brasil, está sendo na costa nordeste, e por que não se permite, considerando a tecnologia que a Petrobras dispõe, de assim ser na costa norte, especialmente quando na costa da Guiana e de Cayenne a exploração já está sendo feita com sucesso e, praticamente sem risco de vazamento ou qualquer outro tipo de contaminação?

A providência tomada pelos dirigentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do/Estado do Amapá – FECOMÉRCIO/AP, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE/AP, da Associação Comercial e Industrial do

Amapá – ACIA, da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá – FAEAP, do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amapá – SINDUSCON-AP, entre outros, vindo a público, de forma conjunta, expressar suas contrariedades à desmobilização dos equipamentos e recursos da Petrobras que foram destinados à campanha de análises prévias das ações de extração, beneficiamento e transporte de petróleo e gás natural na costa oceânica do Amapá, após a negativa política do Ibama.

A reação é corroborada pelas autoridades eleitas do estado e pela população que pretende dar um basta nesta proposta de deixar os amazônidas, todo tempo e todas as vezes, para depois, mesmo quando escancarada a presença do que mais a região precisa: emprego e renda.