O programa de asfaltamento da cidade de Macapá, com recapeamento da maioria das vias do centro e primeiros asfalto em vias dos bairros que ainda não tiveram os serviços prestados pelo Poder Público, foi elaborado e aprovado em 2019 quando, através de convênios e recursos de emendas parlamentares, foi iniciado o fluxo de dinheiro para a Prefeitura de Macapá.

Quem nunca usou o transporte coletivo urbano ou entre cidades, ou um automóvel ou moto de transporte individual, por uma vias esburacada e com problemas na via. As autoridades dos governos do Estado e dos municípios entenderam que era preciso acabar com o programa “tapa buraco” que havia ser tornado uma constante há, pelo menos 15 anos em Macapá, principalmente.

A pavimentação asfáltica, utilizada com preferência nas ruas, avenidas e travessas de Macapá, nas cidades do interior e na ligação entre essas cidades na construção da malha rodoviária estadual, é utlizado a composição CBQU (concreto betuminoso usinado a quente), que tem um custo, variando de R$ 50,00 a R$ 60,00 por metro quadrado, dependendo da base onde se está lançando o asfalto e a infraestrutura que precisa ser construída antes da pavimentação (última etapa antes do lançamento do asfalto).

O asfalto seria a última etapa da construção de uma via urbana ou de uma rodovia classificada, o que raramente acontece, devido os custos que são dispensados para a construção do sistema de coleta e transporte de esgoto, de drenagem pluvial, água tratada, dutos para cabos elétricos de distribuição de energia e outros elementos necessários que poderiam evitar escavações em asfalto recentemente lançado.

Com tudo isso ainda é preciso orçar a construção de linha d’água, meio fio e calçada, além da sinalização horizontal, vertical e luminosa, que são necessário para que uma via urbana esteja completa.

Em Macapá se vê escavações sendo feitas para lançamento de elemento de infraestrutura, ou mesmo para conserto daquele que não foi reparado antes do lançamento do asfalto. Aí vai embora a sinalização e a regularidade do pavimento.

O preço de cada via, portanto, depende da largura dessa via. Se sete, dez ou 14 metros e se tem área para escape ou mesmo para atender as exigências da moderna acessibilidade, com pistas exclusivas seja para a bicicletas e as motocicletas. Em Macapá nenhuma via ou rodovia ainda reservou espaço para pista exclusiva de motocicletas, mesmo com a quantidade de motos circulando na cidade.

Uma via padrão, de 14 metros, como a avenida FAB, e com a carga de trânsito que suporta todos os dias, tem o metro quadrado, no mínimo em R$ 60,00. Com esta base de preço se chega que a faixa de 1,00 m x 14,00m custa R$ 840,00/m (14m x R$ 60,00) e daí o valor do Km a R$ 840.000,00.

Na estrada ou a carga e a velocidade dos veículos são maiores, o preço do Km se aproxima, para uma estrada de 2.ª classe (classe das estradas estaduais e municipais, em regra) o preço chega a R$ 900.000,00 e para as estradas de 1.º classe, com todos os elementos técnicos, inclusive sistema de drenagem superficial, além do profundo e a distância da usina de asfalto, pode chegar a R$ 1.500.000,00 por km.

Instalar um novo pavimento não é algo tão simples. O processo costuma ser um pouco mais complexo. Por isso que, muitos de nós não imaginam o quão trabalhoso é esse tipo de obra. Porém, existem métodos de construção adequados que, se forem seguidos, podem fazer com que o pavimento dure por muitos anos, outro parâmetro que depende do momento da construção da via.

Cinco etapas são envolvidas na remoção e substituição de uma estrutura de pavimento: 1) Planejamento e Design; 2) preparação da base e sub-base; 3) mistura asfáltica e lançamento; 4) articulação e transição; e 5) compressão final.

E o dinheiro para tudo isso vem de órgãos do governo federal, emendas parlamentares, de bancada e individual, orçamento do Governo Estado e orçamento de contrapartida das prefeituras municipais que têm condições e previsão orçamentária. O orçamento da Prefeitura de Macapá, próximo de R$ 1,4 bilhão, destina em torno de 60% para pessoal. O restante (40%) fica a manutenção da máquina administrativa e para atender as contrapartidas que puder.