Rodolfo Juarez

Há muito que os planos de desenvolvimento urbano, planos de acessibilidade, planos diretor, planos de aproveitamento da orla, entre outros, vêm apontando a necessidade de ser construído terminais de embarque e desembarque, de cargas e passageiros, em Macapá e Santana.

As pesquisas utilizadas para justificar a necessidade de construção dos terminais fluviais nas duas maiores cidades do estado, apontam que, além do atendimento ao direito de acessibilidade para todos, ainda se nota a dificuldade enfrentadas pela segurança pública na seu mister de fiscalizar a saída e chegada de passageiros e cargas nos precários portos das duas cidades.

Traficantes, fugitivos da justiça e drogas, as mais diversas, podem estar entrando na área de responsabilidade fiscalizadora do estado, através dos portos improvisados e de fiscalização dificultada, localizados em Macapá e Santana, em decorrência das condições para serem exercitadas as ações de fiscalização, como aquelas efetivadas no Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, em Macapá.

Esta semana, a propósito das férias escolares e de dois festivais, o Festival do Vaqueiro, em Chaves, e o Festival do Camarão, em Afuá, escancararam as dificuldades para o embarque e desembarque de passageiros e cargas, inclusive esses passageiros e proprietários de embarcação, se valendo da inconclusa obra do Píer II da Orla do Santa Inês em Macapá e do Porto do Grego, liberado pelas autoridades que cuidam da segurança dos passageiros principalmente, de forma precária.

Com relação aos passageiros, as dificuldades para embarque e desembarque impedem que aqueles que têm dificuldades em locomover-se, ou cadeirantes sendo um deles, de exercer o seu direito constitucional de ir, vir e ficar, pela falta de condições de acesso, por exemplo, às embarcações.

Com relação às cargas, tanto as acompanhadas como as que são envidadas para os locais de destino das embarcações ou de retorno, estas não são, em geral, fiscalizadas ficando, tanto os passageiros como os tripulantes sujeitos aos ricos decorrentes do transporte de cargas não inspecionadas.

Além disso, a população do Amapá é um dos maiores consumidores de Açaí e está e importante exportador desse fruto, muito comum na região Amazônica e que é conhecido no mundo todo. O açaí é considerado um superalimento e possui propriedades muito benéficas para a saúde. No Brasil, o fruto é consumido em diversos pratos doces, salgados e na forma de suco, como no Amapá.

Considerando que o açaí possui propriedades que auxiliam nas funções de memória, reposição energética, prevenção de doenças cardiovasculares e no bom funcionamento do intestino, sendo um alimento rico em proteínas, gordura vegetal, minerais, fibras, vitaminas B1, C e E, entre outros, investir nas melhorias do manejo durante a comercialização, se torna uma questão de saúde, economia e garantia de emprego.

Então, cuidar da infraestrutura portuária fluvial de Macapá e Santana é um dos mais importantes projetos a ser desenvolvido e executado no Estado, com potencial para redirecionar o modo econômico adotado até agora, visando a melhoria da qualidade de vida de tantas outras pessoas que têm condições se juntar àqueles que já mudaram a sua condição de vida para melhor e estão buscando outros participar do crescimento e desenvolvimento da região, sem qualquer possibilidade de se tornar um predador da floresta, mas sim, um agente inteligente que planta e colhe o que a floresta pode dar.