Com produção nominal de 40 toneladas por dia de massa asfáltica a Usina é um patrimônio perdido.

A usina de fabricação de massa asfáltica de propriedade do Município de Macapá, mantida e gerenciada pela Prefeitura de Macapá, com os tributos pagos pelo povo, sempre fez parte do rol patrimonial e apropriação histórica da administração pública municipal, dada a sua importância para a fabricação de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) e a Areia e Asfalto Usinado a Quente (AAUQ).

Primeiro a decadência da Usina e agora o abandono completo (Fotos: JAA)

O tipo de asfalto mais empregado em Macapá é o AAUQ devido à disponibilidade da areia fina na região, quando a usina em funcionamento representa em torno de 90% da massa final. A composição de Areia e Asfalto Usinado a Quente (AAUQ) é a mistura executada em usina apropriada, como a de propriedade do município de Macapá, com características específicas, composta de areia (agregado miúdo), material de enchimento (filer), se necessário, e cimento asfáltico espalhado e compactado a quente.

Em 12 de março de 2021, 70 dias depois da atual administração ter assumido a responsabilidade pela condução dos interesses do  município e da população do município, técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Semob) realizaram visita técnica à usina de produção de asfalto. Da visita participaram o secretário da Semob e membros da Secretaria de Representação da Administração Municipal em Brasília, com o objetivo de conhecer a situação da usina e do sistema complementar no sentido de manter a usina em funcionamento.

A usina de asfalto do município tem em seus quadros 40 servidores, todos muito dedicados e prontos para exercer as suas atividades que, já há algum tempo, não o fazem devido a usina estar em pane permanente.

Desde 4 de outubro de 2019, quando o Governo do Estado e a Prefeitura de Macapá firmaram convênio para asfaltamento de mais 30 quilômetros de ruas e avenidas, com as vias recebendo pavimentação e recapa, houve o aporte de R$ 30 milhões, contando com a capacidade de produção da usina do município e que, agora, está sem funcionar.

Repetidas denúncias anônimas levaram a equipe do Jornal Aqui Amapá a começar uma investigação sobre a atual situação da Usina de Asfalto do Município de Macapá e houve a constatação que estarrece aqueles que sabem do potencial do equipamento, como também, da falta que faz para a Prefeitura de Macapá minimizar os custos e asfaltar mais quilômetros de via.

Painéis elétricos e eletrônicos quebrados, documentos jogados ao chão, usina de asfalto sem funcionar – o que causa monumental prejuízo para o cofre da prefeitura e a população que vê menos asfalto do que poderia ter. O que está sendo feito decorre de contrato com empresa que usa seus equipamentos e a sua técnica para o lançamento do assalto.