Rodolfo Juarez

A primeira infância vai de zero a seis anos. A escola, responsável pelo desenvolvimento da socialização, da inteligência emocional, da preparação para a pré-escola, incentivando a pesquisa e a expressão, além de despertar capacidades nas crianças, é altamente recomendável para que elas, da primeira infância, frequentem o ambiente escolar.

Dados do IBGE/2022 indicam que o Estado do Amapá tem 112.651 crianças na faixa etária da primeira infância (zero a seis anos), sendo que só no município de Macapá foi levantada uma população de 61.656 crianças na faixa etária da primeira infância. O governo do Estado tem números diferentes e trabalha com uma população em torno de 96 mil naquela faixa etária.

A criação do Comitê Interinstitucional de Acompanhamento do Pacto Nacional pela Primeira Infância e do Comitê Gestor Local da Primeira Infância no âmbito do Poder Judiciário, com a participação direta de representantes de outras instituições públicas pode ter sucesso na busca de caminhos para superar o atraso que ainda se tem, fortemente no Amapá.

O governo do Estado na preparação para desenvolver o esforço concentrado com o objetivo de dar à primeira infância as condições das quais ela precisa, designou, com a participação de 23 secretarias e conselhos estaduais, o Comitê Estadual de Políticas Públicas pela Primeira Infância, em uma preparação que vai ter dificuldades para se firmar, mas que haverá de encontrar a maneira certa de alcançar os objetivos.

A educação e a saúde das crianças que formam o contingente 20,64 milhões de crianças na faixa etária da primeira infância em todo o Brasil, mais de 10% da população brasileira, de 203 milhões de habitantes, são os dois maiores pilares do futuro dos brasileiros que precisam contar com as inteligências desenvolvidas ao máximo.

O professor, um dos principais aliados na “virada” que precisa ser implementada na educação infantil, precisa dispor de condições para desenvolver a sua prática, facilitando o acesso à informação e dados, ao conhecimento acumulado pela sociedade, conduzindo, avaliando e executando experiências, eventos e projetos para que a construção da aprendizagem seja completa desde os primeiros anos da criança na primeira infância.

Os especialistas apresentam 5 dicas para estimular o desenvolvimento da criança na primeira infância: 1) conversar e interagir com a família, uma vez que o contato e o afeto têm interferência direta no aprendizado; 2) brincar com as crianças com confiança de que se trata de coisa muito séria; 3) ouvir música; 4) orientar para que a criança tenha uma alimentação equilibrada; 5) ler e contar histórias.

Para que tudo isso aconteça, entretanto, é necessário que a professora e o professor contem com um ambiente adequado e com todas as informações sobre a criança. Os governos federal, estaduais e municipais, até agora e principalmente na região Norte, ainda não encontraram os caminhos que possam colocar à disposição da primeira infância e dos professores amapaenses, esses ambientes.

Tem-se certeza de que é na primeira infância que acontece a base do desenvolvimento da criança como ser humano. Por isso, os ensinamentos que ocorrem, nessa fase, são considerados tão importantes. Tanto a família quanto a escola, exercem papel fundamental nesse processo.

A Educação infantil é uma das responsáveis pela formação dessas crianças. Ela se divide entre creche, para alunos de 0 a 3 anos, e pré-escola, para os que possuem entre 4 e 5 anos de idade.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a escola, direcionada à primeira infância, não é um espaço exclusivo para brincadeiras ou, ainda, um depósito de alunos. O ambiente escolar é um dos responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças.

Muitos pais ficam na dúvida sobre qual seria o momento ideal para matricular seus filhos na escola. Justamente, por pensarem que, lá, as crianças apenas brincam. Porém, esse conceito é equivocado. As experiências, na fase inicial de suas vidas, influenciam, diretamente, no seu desenvolvimento.