Dos 168 ônibus que circulavam no início de 2021, apenas 32 continuam fazendo as linhas de forma precária.

Os abrigos, na sua maioria, não estão servindo para a finalidade a que se destinavam (Foto: JAA).

Em qualquer cidade do Brasil, pequena, média ou grande, se alguém quiser saber como a população está vendo a administração municipal, um dos meios mais eficientes é usar o sistema de transporte coletivo oferecido pela prefeitura do local ou perguntar para um usuário do sistema.

Condições dos ônibus em circulação; atendimento aos cadeirantes, às crianças e aos idosos que precisam usar o transporte coletivo da cidade; abrigos que garantam a proteção do usuário enquanto espera o ônibus; condutores treinados para o exercício da profissão; pista de rolamento em condições; tarifas justas; e o grau de satisfação dos usuários, se tornam decisivos para a avaliação do desempenho do prefeito da cidade.

Em Macapá, o sistema de transporte coletivo que deveria atender à população, não funciona. Depois de três anos, o prefeito Furlan não conseguiu cumprir a promessa que fez à população, tanto em discursos de campanha, quanto no documento apresentado à Justiça Eleitoral no momento do pedido do registro da candidatura.

O prefeito não consegue fazer a licitação para a concessão de linhas em Macapá, não consegue definir ama tarifa justa para ser cobrada dos usuários; não consegue pagar o subsídio que promete, não consegue construir abrigos; não consegue manter o sistema funcionando; afinal, não consegue dar condições para que o sistema de transporte coletivo se torne eficiente como precisa.

Os problemas se cumulam, se entranham em outros e a situação fica insustentável exatamente no ano em que, certamente, pretende o atual prefeito, disputar a reeleição em outubro.

Uma maioria mantida a base de favores na Câmara Municipal de Macapá, pode ser desfeita e ainda criar problemas para a atual gestão, abrindo ainda mais espaço para os concorrentes que sabem o que podem fazer.

O fato é que o usuário do transporte coletivo está decepcionado com a gestão do sistema e está pedindo mudança no comando da prefeitura a partir de janeiro do ano que vem.